A existência e a razão de ser do dia internacional da mulher é a de reverberar a luta pela efetivação do direito universal à igualdade entre homens e mulheres, que ainda está longe de se concretizar, mormente no Brasil, que convive com a discriminação, tanto de gênero como racial. Para ilustrar, basta citar que o rendimento médio das mulheres negras corresponde a 35% do rendimento médio dos homens brancos; assim como equivale a 52% do rendimento médio das mulheres brancas, e as mulheres brancas, por seu turno, têm uma renda equivalente a 67% do rendimento médio dos homens brancos (IBGE censo 2000 a 2010). E as perspectivas que se descortinam no horizonte temporal sob a égide da Lei 13.467/17 são a de piora e rebaixamento das condições de vida e de trabalho especialmente das trabalhadoras, que são maioria no trabalho terceirizado.  

 

A ABRAT, impregnada pelo feminismo expansionista, visto como um projeto filosófico de transformação social e política na contramão das opressões de sexualidade, gênero, raça, crença e classe social, está conectada ao movimento de escala mundial que se aferra à razão de ser do dia internacional da mulher para a promoção de variadas ações e mobilizações de luta pela construção de uma sociedade feminista plural, com justiça social e solidariedade com as trabalhadoras, suas famílias e aliados, em contraposição ao paradigma da sociedade machista, preconceituosa e excludente. 

Nesse sentido (o de infundir o feminismo em nossa sociedade até que o mundo dele fique totalmente impregnado), a ABRAT organizou uma obra coletiva intitulada Feminismo, Pluralismo e Democracia, cujo (primeiro) lançamento ocorrerá em 12 de março (2ª feira), às 18:00 horas, na sede da AASP, momento de união e de homenagem, não apenas às mulheres, mas a todos e todas  que se dedicam à luta pela democracia e contra todos os tipos de discriminação, como também à própria ABRAT, pelos seus 40 anos de profícua existência feminista.