São Paulo – “Trata-se da maior eleição já promovida sob coordenação do Ministério Público do Trabalho (MPT) no país, com mais de 29 mil eleitores envolvidos e 42 horas ininterruptas de trabalho”, comentou o procurador do Trabalho Francisco Gérson Marques de Lima, coordenador nacional da Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS), que acompanhará o pleito.
Um sistema eletrônico próprio de eleição sindical, desenvolvido pelo MPT, será utilizado na eleição, que começa esta noite e vai escolher a nova gestão do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas).
A eleição começa à meia-noite desta quarta-feira (29) e vai terminar às 18h do dia 30. As urnas vão sair da sede do MPT em São Paulo e vão seguir para cada um dos 33 locais de votação. O sistema de votação eletrônico do MPT está instalada em cada uma delas, configurado para colher os votos dos eleitores de cada seção de votação.
Ao fim da votação, as telas com o número de votos de cada uma das urnas vão ser congeladas e fotografadas. Em seguida, vão retornar à sede do MPT, onde os votos serão contados. O sindicato espera picos de votação entre 3h e 7h da manhã.
”A atuação do MPT é absolutamente atípica e excepcional, pois a instituição não interfere na organização sindical. No entanto, a disputa eleitoral nesta categoria provocou a paralisação de serviço essencial à coletividade. Daí a configuração do interesse público a justificar nossa atuação. Na salvaguarda do livre exercício da democracia sindical, a continuidade de serviço de transporte público que garante a liberdade de ir e vir à sociedade também é assegurada”, explica a vice-procuradora chefe do MPT-SP, Sandra Lia Simón.
Toda a logística para o transporte das urnas e a contagem de votos será acompanhada pela Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) do MPT, que atua como conciliador das partes, e pelas polícias Federal, Militar e Civil do Estado de São Paulo.