Magistrados do TRT-2 falam sobre aspectos históricos da CLT

Toda história é melhor contada por quem fez parte dela. E foi partindo dessa premissa que a Escola Judicial do TRT da 2ª Região (Ejud-2) e a Associação dos Magistrados do Trabalho da 2ª Região – Amatra-2 organizaram o evento comemorativo aos 70 anos da CLT na última sexta-feira (10).
 
Uma frase ilustra bem o envolvimento dos palestrantes com o tema: “Posso dizer que acompanhei de perto o desenvolvimento da Justiça do Trabalho, tanto em âmbito regional como nacional.” Essa frase foi dita por uma das expositoras do encontro, a desembargadora do TRT-2 Anélia Li Chum, referindo-se ao período no qual a jurisdição da 2ª Região abrangia todo o estado de São Paulo e ainda os estados do Paraná e Mato Grosso.
 
Mas a sentença bem que poderia ter sido dita por qualquer um dos outros dois magistrados da mesa, os desembargadores aposentados Amador Paes de Almeida e Carlos Francisco Berardo. Ambos também atuaram no período da jurisdição com três unidades da federação.
 
Fórum Ruy Barbosa x Fórum Getúlio Vargas
 
E a consequência dessa intimidade com a trajetória das leis trabalhistas foi uma série de relatos históricos sobre a Justiça do Trabalho. Alguns deles, pouco conhecidos da maioria das pessoas, como a escolha do nome do Fórum Ruy Barbosa. À época, o magistrado Amador Paes de Almeida, então na ativa, sugeriu o nome Fórum Getúlio Vargas, em homenagem ao ex-presidente “que muito fez pela Justiça Trabalhista do Brasil.” Mas, ao final, foi vencido.
 
No entanto, “houve uma série de colegas que votaram e defenderam com afinco a escolha do nome proposto”, lembrou o desembargador Berardo, que também enalteceu os feitos de Getúlio Vargas em relação aos direitos do trabalhador nacional. (Texto: Léo Machado / Secom TRT-2)