Justiça suspende demissão de 1.500 empregados no Rio de Janeiro

 

Na decisão, Patricia definiu que nenhuma demissão poderá ser feita sem prévia negociação com o sindicato. Em caso de descumprimento da decisão, ela impôs multa de R$ 1 mil por empregado, por dia. Na ação, também foi pedida a nulidade das demissões e a imediata reintegração dos trabalhadores.

Em reunião na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho (SRTE), porém, a empresa admitiu que não vai readmitir os funcionários. Segundo o sindicado, a rede de supermercados iniciou as demissões no dia 2 de janeiro e pretendia dispensar outros 2 mil trabalhadores, alguns, inclusive, próximos da aposentadoria.

Na audiência, a entidade sindical destacou que a empresa não definiu critério algum para as demissões, fazendo-as de modo aleatório. Disse ainda que, em outras ocasiões, uma das filiais da rede demitiu empregados gays e outros com problemas médicos descobertos no exame demissional.

Ressaltou também que a rede de supermercados abriu duas lojas no ano passado e que ela responde a ações coletivas, impetradas pelo sindicato, por impedir os funcionários de irem ao banheiro, principalmente, os operadores de caixas ou empacotadores e por não conceder folgas para quem trabalha aos domingos e feriados.

Já a rede de supermercados justificou as demissões alegando que as metas estipuladas pela administração não foram atingidas devido à crise econômica no país. Também alegaram que não foi possível dialogar com o sindicato autor da ação, pois a entidade tomou atitudes questionáveis, por exemplo, distribuindo nas lojas da rede, no dia do aniversário da empresa, panfletos, inclusive aos clientes, com informações negativas sobre a companhia.

Fonte: CONJUR