Mais 15 trabalhadores que vivam em situação de trabalho degradante em carvoarias do interior de São Paulo foram encontradas pelas equipes de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na última terça-feira (22). Com isso, já somam 34 pessoas, além de sete crianças e adolescentes, que foram resgatados pela Operação Gato Preto, força-tarefa liderada pelo MTE que conta com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça do Trabalho e da Advocacia Geral da União (AGU).
No segundo dia de operação, as equipes encontraram mais 15 pessoas trabalhando no município de Piracaia em regime análogo ao de escravo, sem registro em carteira e utilização de qualquer equipamento de segurança, sendo pagos pelo trabalho pesado na carvoaria num período de quatro meses, o que não é permitido pela Legislação Trabalhista.
Segundo o superintendente regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), Luiz Antonio Medeiros, os resgatados “não tinham nenhum direito trabalhista e usavam o cheque que recebiam apenas para pagar o mercadinho da cidade e comprar roupas de trabalho”.
As ações vão continuar na região, que é responsável pela maior parte do carvão produzido no estado de São Paulo. “A carvoaria foi interditada e a marca Cacique, para onde vai todo o carvão ali produzido, também será responsabilizada. Assim como as empresas São José e Tennesse, que adquirem a produção das outras carvoarias interditadas”, afirmou o superintendente.
Assessoria de Imprens/MTE
Com informações da SRTE/SP
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