As entidades da advocacia fluminense realizaram nesta quarta-feira, dia 7, um ato conjunto contra a divisão das varas trabalhistas proposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT). Representantes da Comissão da Justiça do Trabalho (CJT) da OAB/RJ, além da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas e do Sindicato dos Advogados estiveram na porta do TRT da Rua do Lavradio, onde distribuíram panfletos com o manifesto Diga não à divisão.
A ideia é realizar um abraço à sede do Tribunal para simbolizar a unificação das varas, que é uma luta histórica da advocacia trabalhista
Marcus Vinicius
presidente da CJT
A grande adesão foi considerada um indício de que a categoria é majoritariamente contrária à divisão. "O ato marca o encontro e a unificação, a partir das entidades, do movimento contra a divisão da Justiça do Trabalho. E expressa também a unidade da categoria em relação ao tema, pois não encontramos aqui nenhum advogado a favor da divisão", afirmou o presidente da CJT e secretário-geral da Seccional, Marcus Vinícius Cordeiro.
O panfleto apresentava os principais motivos da crítica à divisão da Justiça trabalhista, lembrando "a luta histórica da categoria pela unificação das varas", hoje concentradas nos prédios das ruas do Lavradio e Gomes Freire, bem como os "problemas crônicos de tráfego e meios de transporte na cidade". O texto se refere, ainda, à falta de transparência nos custos que envolverão a mudança e aos transtornos que serão causados para os advogados e para a população.
Durante cerca de uma hora de panfletagem, foram recolhidas também centenas de assinaturas para o abaixo-assinado contra a medida do tribunal. No dia 13 de agosto, às 10h, no mesmo endereço da Rua do Lavradio, haverá nova manifestação.
"Recolhemos diversas assinaturas, iniciando um movimento que se desdobra no ato do dia 13 e irá culminar dia 22, quando o Pleno do tribunal se reunirá para aprovar a medida administrativamente. A ideia é realizar nesse dia um abraço à sede do Tribunal, para simbolizar a unificação das varas, que é uma luta histórica da advocacia trabalhista", concluiu o presidente da CJT.