Pondo em prática o anunciado em seu discurso de posse dia 5 de março último, quando ressaltou o papel da negociação coletiva na redescoberta da legislação trabalhista e convidou trabalhadores e empregadores "a terem a mesa do TST como de sua casa", o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula (foto), receberá na terça-feira (9) representantes de centrais sindicais e confederações de trabalhadores para um café da manhã. Também deverão tomar parte da conversa diversos ministros do Tribunal.
O encontro será na sede do TST, às 8h30. Até o início da manhã desta sexta-feira (5) já confirmaram presença, entre as centrais sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Também participarão do encontro as confederações nacionais dos trabalhadores na Indústria (CNTI), na Agricultura (Contag), em Comunicação e Publicidade (Contcop), no Comércio (CNTC), na Saúde (CNTS), nas Empresas de Crédito (Contec), nas Indústrias Têxteis, Vestuário, Couro, Calçados e Afins (Conaccovest), dos Metalúrgicos (CNM/CUT), e dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).
A intenção do presidente do TST é incentivar o diálogo entre a classe trabalhadora e representantes do empresariado, que também serão recebidos para um cafezinho no dia 23. Com a iniciativa, ele busca quebrar eventuais dificuldades e instalar um canal permanente de comunicação entre os setores econômicos e profissionais, tornando-o contínuo no Tribunal, e tendo como mediador o presidente do TST e a própria Justiça do Trabalho. Os encontros têm como pano de fundo a celebração dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho, a ser completados em maio deste ano.
O ministro Carlos Alberto inaugurou a prática dia 20 de março, ao tomar café da manhã com integrantes da bancada de Minas Gerais no Congresso Nacional. Em pauta, naquela ocasião, projetos de lei de interesse da Justiça do Trabalho. Foi o primeiro de uma série que o presidente pretende manter com a bancada de vários estados, tendo sido Minas o primeiro por ser o presidente do TST mineiro, da cidade de Pedro Leopoldo.
Na ocasião de sua posse, Carlos Alberto afirmou que, assim como Tiradentes e Tancredo Neves, seu compromisso é com a liberdade. "A conversa é o início da solução, desde que saibamos dialogar e que a busca seja pelo consenso", frisou o presidente.