Trabalhadores são resgatados em condições análogas às de escravo

 

A denúncia anônima foi feita à Polícia Rodoviária Federal relatava a retirada de madeira em uma propriedade rural e a suspeita de trabalho degradante. “A PRF nos procurou para investigarmos in loco. O que constatamos foi um quadro de degradância e desrespeito à dignidade do ser humano. Trabalhadores comendo no chão, bebendo água sem tratamento adequado, dormindo ao relento e sem equipamentos de proteção individual”, afirmou Edno Moura.

Os trabalhadores não tinham carteira assinada e nenhum direito trabalhista garantido. Além disso, eram obrigados a comprar motosserras, cujo valor estava sendo descontado nos seus rendimentos, e ainda tinham pagar ao empregador o combustível para fazê-las funcionar. No local, foram apreendidas oito motosserras, já que nenhum trabalhador dispunha de documentação necessária para o manuseio.

Durante a diligência, o MPT determinou a paralisação imediata das atividades e os trabalhadores foram retirados da frente de trabalho. “Já identificamos o empregador e vamos trabalhar para que ele regularize a situação desses trabalhadores, que devem ter seus salários atualizados e seus direitos assegurados”, garantiu o procurador.

Fonte: MPT