Pela primeira vez no Judiciário brasileiro, um Tribunal promove um curso de formação de agentes de segurança judiciária que vai além da simples reciclagem, com carga horária de 170 horas e um conteúdo programático incluindo doze matérias entre teóricas e práticas. O treinamento pioneiro teve início na segunda-feira, 25/2, no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás), reunindo um total de 50 alunos divididos em duas turmas. O curso é dirigido aos ocupantes do cargo Técnico Judiciário, Especialidade Segurança, sendo obrigatório aos servidores que pretendam continuar percebendo a Gratificação de Atividade de Segurança – GAS.
Idealizado pela Escola Judicial do TRT 18, por meio da Seção de Formação e Aperfeiçoamento, o 1º Curso de Formação e Aperfeiçoamento dos Agentes de Segurança Judiciária do TRT da 18ª Região foi estruturado em dois módulos nos quais serão tratados temas como defesa pessoal, primeiros socorros, prevenção em combate a incêndios, direção defensiva e ofensiva, segurança patrimonial e de autoridades, técnicas operacionais, entre outros.
Escolhida em processo licitatório, a empresa Contreseg, de Brasília, é responsável pelo treinamento, que terá duração total de dois meses. Todo o corpo de instrutores é formado por profissionais que são ou já foram agentes de segurança judiciária de carreira. “São pessoas que conhecem a realidade desse tipo de trabalho, de zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio da instituição”, disse um dos coordenadores do curso e policial legislativo da Câmara dos Deputados, Paul Deeter.
Também coordenador do curso, o agente de segurança do Superior Tribunal Militar Luciano Lopes ressaltou a importância do treinamento. “A atuação do agente de segurança é essencial para a plena realização dos atos judiciais, pois permite que magistrados e servidores exerçam suas atividades sem estar sempre preocupados com os eventuais riscos à sua integridade”, avaliou. Segundo ele, uma pessoa leiga só percebe a importância de uma política de segurança judiciária quando ocorre uma falha. Isso porque o trabalho é focado sobretudo na prevenção. Integra ainda a coordenação do curso o agente Hipólito Cardozo, da JF/DF.