Até o final do ano, cerca de 11 mil trabalhadores perderão o emprego devido à conclusão das plataformas P-55 e P-58; grupo de trabalho coordenado pelo Regional discute a questão
Até o final do ano, cerca de 11 mil trabalhadores perderão o emprego no Polo Naval de Rio Grande devido à conclusão das plataformas P-55 e P-58. Preocupado com a situação, o secretário estadual do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Luis Augusto Lara voltou a reunir-se, na tarde desta segunda-feira (21), com o grupo de trabalho coordenado pela vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargadora Rosane Serafini Casa Nova, para avaliar a questão. No encontro, se definiu pelo convite às principais empresas contratantes – Ecovix, Quip e CQG, assim como a Petrobras e o Sindicato das Empresas Navais (Sinaval), para esclarecimentos sobre esta questão, na próxima reunião, dia 28/10, também no TRT. 
 
À Petrobrás será solicitado que apresente o histograma de mobilização e desmobilização da construção e entrega das plataformas. Para as outras três empresas, será solicitada a relação de contratos elaborados com as terceirizadas que lhes prestam serviços (contratadas e subcontratadas), e o cronograma de desligamento dos empregados até o final do ano de 2013. Também ficou definido que neste novo encontro, se voltará à discussão sobre a recolocação de trabalhadores, além das rescisões de contratos, pagamento de seguro-desemprego.
 
A vice-presidente do TRT4 destacou a importância da mobilização para tentar resolver esta situação que está se estabelecendo em Rio Grande. "Não gostaríamos que a população acabasse como a maior prejudicada”, afirmou a desembargadora. O secretário do Trabalho acredita que o sucesso da mobilização ainda pode influenciar, nacionalmente, o encaminhamento de outros contratos semelhantes: “Poderemos levar as empresas a pensarem em um novo padrão que esteja atento ao momento da desmobilização. Quem sabe um amparo para o trabalhador especializado que fez a sua parte na construção destas plataformas. Daí a importância desta força-tarefa que voltará a se reunir na próxima semana”, conclui Lara. 
 
O representante da superintendência regional da Caixa Econômica Federal (CEF), César Affonso Cardoso explicou que já foram tomadas providências para que a partir do dia quatro de novembro, seja disponibilizada uma unidade móvel junto ao sindicato da categoria profissional de Rio Grande para atendimento das questões relacionadas às rescisões e seguro-desemprego. A CEF antecipará a abertura de suas agências na região, em uma hora, especialmente para o atendimento dos empregados do Polo. 
 

Também participaram da reunião desta tarde: o juiz auxiliar de conciliação do TRT4, Carlos Alberto Zogbi Lontra, a juíza diretora do Foro de Rio Grande, Simone Silva Ruas, a representante do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Rio Grande do Sul, (SETCERGS), Roberta Souza da Rosa,  o representante do Conselho Nacional dos Metalúrgicos/CUT, Loricardo de Oliveira, o procurador do STIMMMERG, Marcelo Baquini S. Martinelli, o presidente do STIMMMERG, Benito de Oliveira Gonçalves, o gerente de FGTS da CEF, Leo Eraldo Paulo, o representante do MPT, Rogério Uzun,  o presidente da Federação dos Metalúrgicos, Enio Lauvir Dutra dos Santos e Maurício Tocantins Winter (CEF).