TRT irá depositar para a União o montante de 40 mil reais encontrado em uma sala de suas dependências

 O Pleno do TRT de Mato Grosso decidiu, em sessão administrativa realizada nessa quinta-feira (22), que irá depositar para a União o montante de 40 mil reais encontrado em uma sala de suas dependências.

 
Em 8 de janeiro deste ano, no segundo dia após o retorno do recesso de fim de ano, foi encontrada uma pasta contendo diversos maços de dinheiro no sexto andar do prédio administrativo, no saguão da Seção de Educação Corporativa.
 
O fato foi comunicado à Administração, tendo sido lavrada ata que descreveu o ocorrido, sendo assinada pelo  diretor geral e servidores ligados à seção onde fora encontrada a pasta. Consta no documento que por volta do meio dia os servidores da seção avistaram uma pasta de notebook, marca HP, sobre uma cadeira próxima ao banheiro. A pasta foi aberta na tentativa de identificar o dono e, dentro dela, foi encontrado um envelope pardo, aberto, sem qualquer inscrição, no qual havia quatro maços de notas de 100 reais, totalizando 40 mil reais.
 
Tentou-se descobrir a origem da pasta, por meio das imagens gravadas pela Seção de Transporte e Segurança Institucional do Tribunal. As imagens gravadas ficam armazenadas por 12 dias e, da análise desse período, nada foi constatado que pudesse dar pistas sobre a origem da pasta.
 
Como é no auditório desta seção, o CEFOR, que ocorrem geralmente os leilões promovidos pelas varas da Capital, aventou-se a possibilidade de que alguém que teria participado do último leilão, realizado no local em dia 04 de dezembro, pudesse ter esquecido a pasta.
 
O caso foi levado à Polícia Federal que, após diligências, concluiu que não havia elementos suficientes para investigação em inquérito policial e sugeriu a formulação de consulta à Advocacia Geral da União - AGU sobre a destinação do dinheiro.
 
O procedimento foi submetido ao presidente do Tribunal, desembargador Tarcísio Valente, que ordenou a conversão em matéria administrativa para apreciação do colegiado, determinando sua remessa ao vice-presidente, desembargador Edson Bueno, relator de processos administrativos.
 
Em seu relatório, o desembargador vice-presidente entendeu que não seria proveitoso consultar a AGU e propôs a reversão do valor encontrado à União, mediante guia de depósito DARF, pelo código “outras receitas”. Dessa forma, assentou o relator, se eventualmente aparecer o proprietário do dinheiro, o mesmo poderá pleitear a restituição pela via administrativa ou, se necessário, por ação judicial.  
 
A proposta foi aprovada por unanimidade pelos desembargadores que compõem o Tribunal Pleno.
 
(Ademar Adams)