Presidente nacional da OAB abriu a reunião da Comissão Especial da Memória, Verdade e Justiça do Conselho Federal destinada a elaborar seu plano de ação para os próximos meses

 “Não podemos jamais esquecer, para nunca mais repetir”. Com esta reflexão, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado, abriu neste domingo (30) a reunião da Comissão Especial da Memória, Verdade e Justiça do Conselho Federal da entidade destinada a elaborar seu plano de ação para os próximos meses. O resgate da memória histórica do País, principalmente do período da ditadura militar, é o principal objetivo da Comissão, em sintonia com o ideário defendido também historicamente pela entidade, lembrou ele.

 
A assinatura de um projeto de cooperação técnica com a Comissão Nacional da Verdade, que funciona no âmbito do governo federal, foi também um dos temas tratados pelos integrantes da Comissão, além de uma campanha junto às Seccionais da OAB para que criem as respectivas comissões estaduais da Verdade. Na reunião, os membros da Comissão iniciaram a discussão sobre a sentença proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenando o Brasil no caso da repressão do regime militar à Guerrilha do Araguaia, com vistas a ações futuras.  
 
Presidida pelo conselheiro federal da OAB por Pernambuco Henrique Neves Mariano, a Comissão da Memória, Verdade e Justiça planeja também a realização de um encontro nacional para discutir as pautas dessa área em agosto, em Brasília. Outro tema discutido durante a reunião foi a elaboração de uma pesquisa para publicação, pela Comissão, relatando sobre a vida e atuação dos advogados de presos políticos e dos advogados que foram perseguidos, presos, mortos ou desaparecidos durante a ditadura.
 
Além dos membros da Comissão, participou também da reunião o diretor tesoureiro do Conselho Federal da OAB, Antonio Oneildo Ferreira.