Vítimas de tráfico de pessoas submetidas a trabalho escravo contarão com posto especial de atendimento na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai
Procuradores defenderam a proposta para proteger principalmente trabalhadores escravizados
 
 Vítimas de tráfico de pessoas, principalmente aquelas submetidas a trabalho escravo, devem contar com posto especial de atendimento na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. A proposta foi defendida pelos procuradores do Trabalho, Luiz Fabre, vice-coordenador nacional de Combate ao Trabalho Escravo (Conaete), e Cícero Rufino Pereira, coordenador do Fórum de Trabalho Decente e Estudos sobre Tráfico de Pessoas, no III Simpósio Internacional para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, realizado nos dias 20 e 21 de junho, na sede do Tribunal de Justiça, em Campo Grande (MS).
 
Os procuradores alertaram, ainda, para a falha existente nas estatísticas sobre o tema, que não abrangem informações de trabalhadores estrangeiros resgatados que voltaram ao país de origem sem que a situação fosse formalizada.
 

Segundo Cícero Rufino Pereira, é preciso criar uma comissão de entendimento entre os órgãos públicos e as entidades privadas que atuam no enfrentamento das modalidades do crime. Ele sugeriu que as assessorias de comunicação dessas instituições realizem uma reunião bimestral para conciliar as agendas e fortalecer as ações de combate à irregularidade.