Imigrantes trabalhavam em serraria e carvoaria, sem registro em carteira e residindo em alojamentos irregulares, em Bariri, no Estado de São Paulo
 O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Bauru (SP) flagrou doze trabalhadores paraguaios em situação irregular de trabalho numa fazenda de Bariri, pertencente às empresas Serraria União Ltda. e L.A. Foloni (carvoaria), cujo dono é o empresário Antônio Carlos Foloni. Nenhum deles possuía registro em carteira de trabalho e todos estavam ilegais no país. A operação ocorreu na quarta-feira (1).
 
Segundo o procurador Marcus Vinícius Gonçalves, além de terem seus direitos trabalhistas sonegados, os estrangeiros residiam em um alojamento em péssimas condições de conforto e higiene. Cada trabalhador ganhava o equivalente a R$ 700 por mês.
 
O MPT orientou os estrangeiros a procurar o consulado do Paraguai e apresentar a documentação necessária para conseguir um documento brasileiro junto ao Departamento de Polícia Federal para, em seguida, conseguir a emissão da carteira de trabalho. 
 
Haverá uma audiência na sede do MPT em Bauru na próxima segunda-feira, 6 de outubro, oportunidade na qual o procurador irá propor um acordo, prevendo o pagamento de indenizações aos trabalhadores, assim como obrigações trabalhistas que devem ser seguidas pela empresa, sob pena de multa por descumprimento.  
 

TAC descumprido – a L.A Forloni firmou TAC perante o MPT em 2009, após submeter migrantes nordestinos e mineiros a condições degradantes de trabalho. No acordo, a empresa se comprometeu a manter trabalhadores registrados em carteira de trabalho e alocados em alojamentos que atendam a norma trabalhista. Com o flagrante, fica configurado o descumprimento do TAC, o que acarretará multa de R$ 30 mil.