Lançada nesta terça-feira (30) a campanha “Correios contra a AIDS”, parte de uma ação mundial de prevenção à doença

 BRASÍLIA (Notícias da OIT) - Foi lançada nesta terça-feira (30) a campanha “Correios contra a AIDS”, parte de uma ação mundial de prevenção à doença. No Brasil, o foco desta fase da campanha são 150 agências dos Correios do Rio Grande do Sul, Amazonas e Bahia. Elas terão material informativo disponível para a população. Além disso, 117 mil trabalhadores dos Correios serão capacitados para fornecerem informações sobre a iniciativa, atuando como multiplicadores. O curso foi elaborado em parceria entre a Universidade Corporativa dos Correios, Ministério da Saúde, UNAIDS e OIT, e é oferecido na modalidade educação a distância.

O Escritório da Organização Internacional do Trabalho no Brasil foi representado por Ana Lúcia Monteiro, ponto focal para HIV/Aids. Ela ressaltou que a participação da OIT nesta iniciativa está baseada nos princípios da Recomendação 200, que promove a igualdade de oportunidades para pessoas que vivem com o HIV em relação ao acesso e permanência no emprego, além do combate à discriminação.

A Recomendação reforça o compromisso da OIT contra a discriminação no mundo do trabalho e, além disso, mostra o empenho da Organização na promoção dos direitos humanos e dos direitos no trabalho. O tema, segundo Ana Lúcia Monteiro, também está inserido na promoção do Trabalho Decente no eixo que trata da igualdade de oportunidades e da não-discriminação, tendo como diretriz maior o direito ao trabalho para todas as pessoas, independente de sua condição sorológica.
 
O vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Larry Almeida, destacou o papel da ECT como agente de implementação das políticas públicas. “Graças à capilaridade da empresa, a disseminação das informações é ampliada e, tendo as agências como pontos de apoio, contribuímos fortemente para a educação de toda a população brasileira”, afirmou.
 
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou a relevância da iniciativa. “A credibilidade e a capilaridade dos Correios ajudam na disseminação dessas informações. A campanha também trabalha a ampliação do conhecimento sobre as doenças sexualmente transmissíveis.”
 
A ação é promovida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Ministério da Saúde, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a União Postal Universal (UPU), o Sindicato Global dos Trabalhadores Postais (UNI Global Union) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).
 
Dados do Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, a prevalência do HIV está em torno de 0,4% a 0,5% da população, índice considerado baixo na escala mundial. O país registra uma espécie de “epidemia concentrada” de HIV/Aids, uma vez que jovens gays, travestis e profissionais do sexo, por exemplo, chegam a registrar uma prevalência de até 10%.