Levenhagen afirmou que o esforço de sua gestão será o de melhorar o sistema e assegurar que o PJe não fracasse; a participação dos advogados é essencial
O ministro Antonio José de Barros Levenhagen, Presidente do TST, fez pronunciamento durante a solenidade de abertura oficial do XXXVI CONAT, no dia 11/09/2014. Levenhagen se disse entusiasmado com a quantidade de pessoas presentes ao congresso e confessou que aquele ambiente pulsante e otimista trazia recordações dos tempos de sua juventude. O ministro felicitou a diretoria da ABRAT, considerando que o auditório cheio deveria provavelmente refletir o êxito daquela gestão que se findava.
 
Em sua fala, o Presidente do TST também afirmou que é preciso recordar a história da Justiça do Trabalho, dos seus tempos passados, com pouca estrutura, falta de pessoal e até mesmo de meios materiais. Segundo ele, os juízes tinham de aguardar ajuda até de prefeituras, para cessão de pessoal, diante da escassez de servidores. Naquela época, a Especializada era considerada um balcão de negócios...
 
Hoje, segundo o ministro, tudo seria muito diferente, em termos de estrutura e de autoestima. Aliás, o próprio processo civil beberia nas águas do processo do trabalho, pai de princípios como o da oralidade.
 
Sobre os problemas que afligem os advogados trabalhistas na atualidade, Levenhagen reconheceu que o CNJ se precipitou na implantação do processo eletrônico. E fez um paralelo para sustentar sua ideia: a urna eletrônica e o imposto de renda por internet foram implantados ao longo de uma década. O prazo do processo eletrônico seria extremamente exíguo. Daí a sua iniciativa, a partir do momento em que tomou posse na presidência do Tribunal Superior do Trabalho: o PJe passaria a ser implementado sem atropelos; ele estaria “cadenciando” a sua implantação.
 
Novidades alvissareiras trazidas pelo presidente do TST foram o anúncio de adaptação do PJe para deficientes visuais e a implantação de testes do processo eletrônico nos processos que tramitam no próprio TST, para depois serem incorporados aos demais órgãos da Justiça do Trabalho.
 
Levenhagen afirmou que o esforço de sua gestão será o de melhorar o sistema e assegurar que o PJe não fracasse. Para isso, a participação dos advogados seria essencial. Nesse sentido, o ministro anunciou que haverá uma indicação de advogado trabalhista para compor a comissão de discussão do PJe no âmbito do TST.