Grupo de Trabalho promoveu reunião com representantes de vários setores para discutir Lei Estadual que proíbe a fabricação, uso e comércio de materiais à base de amianto
O Grupo de Trabalho Interinstitucional de Prevenção de Acidentes de Trabalho da Sexta Região (Getrin6), promoveu reunião nesta segunda-feira (07/07) com representantes de vários setores da sociedade, poder público e empresários para discutir o cumprimento da Lei Estadual nº 12.589/04, que proíbe a fabricação, uso e comércio de materiais à base de amianto.No encontro, presidido pelo gestor do Getrin6, desembargador Fábio André de Farias com presença da também gestora do Getrin6 e juíza ouvidora do TRT-PE, Patrícia Coelho Brandão, discutiu-se o fato de que, apesar de Pernambuco ser um dos seis estados brasileiros a proibir o uso, 18 empresas aqui instaladas produzem e comercializam a substância. A discussão definiu como objetivos informar as secretarias de saúde municipais para que seus agentes de saúde tenham acesso a informações sobre a substância e iniciar um amplo debate com a sociedade.
 
Abundantemente utilizado na fabricação de materiais para a construção civil, o amianto foi colocado no grupo principal de substâncias cancerígenas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a entidade, 125 milhões de pessoas estão expostas ao amianto em todo o mundo e pelo menos 107 mil morrem anualmente de doenças associadas à exposição a ele. Por esse motivo, o amianto já foi banido em mais de 60 países, sendo substituído por fibras menos nocivas à saúde. No Brasil, porém, a substância ainda é permitida, e nosso país é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador mundial do mineral, com destaque para a variedade crisotila. A maior parte da produção é comercializada internamente sob forma de telhas onduladas, chapas de revestimento, tubos e caixas d’água.
 
Texto: Iúri Moreira
 

Fotos: Danilo Galvão