Brasília – Em reunião realizada neste domingo (4), a diretoria do Conselho Federal da OAB avaliou o julgamento que condenou 25 policiais militares pelo massacre na penitenciária do Carandiru como um marco para os direitos humanos do país. “A decisão do júri nos leva a uma necessária reflexão sobre a situação carcerária, que continua degradante na maioria das prisões brasileiras, e o despreparo da polícia para enfrentar situações dessa natureza”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado.
O massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 outubro de 1992, quando uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Desde então, o episódio gerou livros, filmes e até músicas. A sentença contra o grupo de 25 PMs foi lida na madrugada de sábado (3). Há três meses, outro grupo de 23 PMs também foi condenado.