TST propõe nova cultura para resolução de conflitos

O presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, disse nessa sexta-feira (28/6) que a justiça brasileira vive um momento de definição, e que a realização da I Conferência Nacional de Conciliação e Mediação vem, a todo propósito, no sentido de se criar uma nova cultura na solução de conflitos. O ministro afirmou não haver "nada melhor do que conciliação e negociação, nada melhor que entender que aqueles que são protagonistas encontrem a solução, encontrem o seu caminho".
 
As declarações foram feitas durante a abertura da Conferência, que se realiza na sede do TST, em Brasília. O objetivo é promover discussões e apresentar experiências exitosas na área. O evento é organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça.
 
Entre os temas a serem discutidos no evento, estão novas práticas consensuais diante do divórcio e o treinamento de conciliadores para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, abriu a conferência, informando que o encontro visa discutir meios alternativos à forma tradicional de resolução de conflitos, que podem fazer com que as partes encontrem por si, ou com auxílio do poder judiciário, soluções consensuais mais duradoras e eficazes.
 
Segundo o relatório Justiça em Números, elaborado pelo CNJ, existem hoje cerca de 90 milhões de ações em tramitação no judiciário brasileiro. A cada ano, cerca de 20 milhões de novos processos são abertos. Para especialistas, o fortalecimento da cultura da conciliação é uma das saídas para a redução de processos. Estima-se que cerca de 65% das ações judiciais civis no país discutem valores que não chegam a R$ 1 mil, mas cada processo custa, em média, R$ 1,3 mil aos cofres públicos.
 
A conferência está disponível no canal do TST no YouTube.
 

(Ricardo Reis)